Há exatamente uma década, em 2014, José de Ribamar Castro Alves, conhecido como Zezinho (PSDC), enfrentou um capítulo decisivo em sua carreira política na cidade de Alcântara. O ex-presidente da Câmara Municipal viu-se diante de um veredicto que não apenas moldaria seu destino, mas deixaria uma cápsula do tempo para as futuras gerações lembrarem.
A sentença, datada de 18 de fevereiro de 2014, proferida pela Justiça eleitoral do Maranhão, ecoou como trovões na trajetória política de Zezinho. Condenado por improbidade administrativa, o ex-vereador foi imediatamente afastado do cargo de Secretário Municipal de Educação, vendo seus direitos políticos suprimidos por cinco anos. A proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais nesse período acrescentou um tom de desafio à sua jornada política.
A saga legal teve início em junho de 2013, quando a promotora de justiça Bianka Sekeff Sallem Rocha moveu uma Ação Ordinária, destacando irregularidades que permearam o ano de 2008, durante a gestão de Zezinho na presidência da Câmara Municipal. Prestação de contas incompleta, ausência de relatório de gestão orçamentária e ilegalidades envolvendo cargos comissionados foram alguns dos pontos que foram levantados em conta pelo Ministério Público.
As sombras da condenação também se estenderam às profundezas das finanças públicas, revelando-se no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Despesas sem comprovação, notas fiscais falsas, e verbas extraordinárias indevidas foram algumas das descobertas que contribuíram para o veredito implacável. O extrapassar do limite constitucional na remuneração de Zezinho e demais vereadores completou o quadro de irregularidades financeiras e de gestão.
A voz da promotora Bianka Sekeff Sallem Rocha ressoou na sala do tribunal, caracterizando as práticas como atos dolosos de improbidade administrativa. A decisão, como uma onda que se propaga, repercutiu por anos na carreira política de Zezinho, servindo como um alerta vívido sobre as consequências para gestores públicos que desconsideram as leis e normas éticas. Este episódio não apenas escreveu uma página sombria na história de Zezinho, mas também ecoa como um lembrete perene da importância da responsabilidade na administração pública.
Vale ressaltar que as informações são públicas e foram extraídas do blog do Neto Ferreira.