Morre o jornalista J.R. Guzzo, aos 82 anos, em São Paulo

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Faleceu na madrugada deste sábado (2), em São Paulo, o jornalista José Roberto Dias Guzzo, mais conhecido como J.R. Guzzo. Ele tinha 82 anos e morreu em decorrência de um infarto, conforme informou a revista Oeste, da qual era um dos fundadores e atuava como colunista e comentarista.

Reconhecido como um dos nomes mais influentes do jornalismo brasileiro, Guzzo assinava colunas de forte posicionamento editorial e grande impacto na opinião pública. Atualmente, era colunista da Gazeta do Povo, veiculo onde suas análises vinham ganhando destaque nos últimos anos.

“Guzzo foi um dos jornalistas mais influentes da imprensa brasileira. Ao longo de sua carreira, participou de momentos decisivos da história mundial e liderou coberturas jornalísticas de grande relevância. Nos últimos anos, suas colunas de opinião desempenharam um papel fundamental ao lançar luz sobre a degradação das instituições nacionais e a corrosão da cultura democrática. Mais do que talento para a escrita e faro apurado para pautas, Guzzo demonstrou uma visão de mundo e uma capacidade de análise que não encontram paralelo no jornalismo contemporâneo. Fará muita falta”, afirmou Ewandro Schenkel, diretor de redação da Gazeta do Povo.

Uma vida dedicada ao jornalismo

J.R. Guzzo iniciou sua carreira jornalística em 1961. Sete anos depois, em 1968, entrou para a revista Veja, onde fez história. Foi diretor de redação da publicação entre 1976 e 1991 e, em 2008, retornou à revista como colunista.

Ao longo de sua trajetória, Guzzo consolidou a imagem de um jornalista combativo, com voz ativa no debate político e institucional do país. Em outubro de 2019, sua saída da Veja repercutiu nacionalmente, após a revista decidir não publicar uma de suas colunas que criticava duramente o Supremo Tribunal Federal (STF).

O artigo, intitulado “A Fila Anda”, comparava os ministros da Corte a uma “calamidade pública” e afirmava que apenas a aposentadoria compulsória aos 75 anos poderia “resolver o problema”. A exclusão da coluna e da página “Fatos”, onde seus textos eram publicados, culminaram em sua demissão.

“A liberdade de imprensa tem duas mãos. Em uma delas, qualquer cidadão é livre para escrever o que quiser. Na outra, nenhum veículo tem a obrigação de publicar o que não quer. Ao recusar a publicação da coluna mencionada acima, Veja exerceu o seu direito de não levar a público algo que não quer ver impresso em suas páginas. A partir daí, em todo caso, o prosseguimento da colaboração ficou inviável“, declarou Guzzo em sua carta de demissão.

Passagens marcantes

Além de Veja e Gazeta do Povo, Guzzo teve passagens de destaque por outros importantes veículos de comunicação. Foi diretor da revista Exame, integrou o conselho editorial do Grupo Abril e escreveu para o jornal O Estado de S. Paulo, para o portal Metrópoles e para o jornal mineiro O Tempo.

Seu último texto foi publicado na manhã deste sábado (2), na Gazeta do Povo, pouco antes da notícia de sua morte ser divulgada. No artigo, Guzzo escreveu que a “sova dos EUA foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para Lula na sua Terra do Nunca”.

Até o momento, não há informações divulgadas sobre o velório ou cerimônia de despedida do jornalista.

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