Adolescente suspeito de estuprar artista circense é apreendido no Maranhão

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Um adolescente de 17 anos, apontado como principal suspeito do estupro da artista circense Camila Gomes, foi apreendido pela Polícia Civil na tarde de ontem, sexta-feira (29). O jovem foi localizado em uma propriedade rural no município de Guimarães no interior do Estado do Maranhão, a cerca de 140 km de São Luís, em seguida o suspeito foi conduzido à capital em uma aeronave para prestar depoimento. A ação faz parte de uma operação coordenada pela Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC).

O caso, que aconteceu na noite da última sexta-feira, dia 21 de novembro, na cidade de Central do Maranhão, teve grande repercussão por envolver extrema violência. Além do estupro, o grupo criminoso roubou dinheiro e pertences do circo, agrediu familiares da vítima e funcionários, provocando pânico na comunidade local.

Entenda o crime

De acordo com as investigações, por volta das 23h30, cerca de 40 minutos após o encerramento do último espetáculo do circo, um grupo de oito criminosos armados invadiu o local, onde estavam a família da vítima e alguns funcionários. O objetivo inicial era roubar dinheiro e pertences.

Durante o assalto, o adolescente apreendido teria arrastado Camila pelos cabelos até um trailer, onde cometeu o estupro. Segundo a vítima, sua filha de apenas um ano estava dormindo no mesmo ambiente quando o crime ocorreu. Um segundo adolescente que estava dando cobertura, também já apreendido, estava armado e deu tiros para o alto durante a ação, gerando ainda mais pânico.

Além do abuso sofrido pela artista circense, outros integrantes da família foram agredidos. Entre eles, dois idosos, pais dos donos do circo, também foram atacados. Um dos idosos, que sofre de Alzheimer, teve ferimentos e precisou de cuidados médicos.

Abalada pelo ocorrido, a família do circo cancelou as apresentações que ainda faria na cidade e decidiu deixar Central do Maranhão.

Investigações e prisões

A Polícia Civil identificou os oito suspeitos envolvidos no crime. Cinco deles teriam participado diretamente da ação no circo, enquanto os outros três teriam dado suporte ao grupo. Até o momento, além dos dois adolescentes apreendidos, dois adultos foram presos ontem, sexta-feira (29) por meio de mandados de prisão preventiva.

De acordo com o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, um quinto suspeito deve se entregar neste sábado (30). “O advogado deste quinto indivíduo fez contato com a polícia e afirmou que ele será apresentado em Cururupu, onde daremos voz de prisão a ele”, explicou o delegado.

As investigações seguem para localizar os demais envolvidos e esclarecer todas as circunstâncias do crime.

Vítima desabafa nas redes sociais

Camila Gomes, que é mãe e artista circense, utilizou suas redes sociais para relatar o terror vivido durante o ataque. Ela contou que o criminoso entrou no trailer onde estava sua filha, de apenas um ano e disparou um tiro enquanto a ameaçava.

“Eles (criminosos) chegaram pedindo dinheiro e saíram me arrastando pelos cabelos, enquanto outro me levou para dentro do trailer onde estava minha filha, de 1 ano, dormindo.  Ele deu um tiro. Eu senti Deus comigo. Deus fez ele errar a bala para não acertar em mim. Ele botou uma arma na minha cabeça e atirou. No momento, eu só sabia passar a mão na minha filha e na minha cabeça, pra saber se tinha pegado. Eu fiquei em choque. Estou tentando ser forte, pela minha família, por mim também, mas não vou dizer que estou bem”, relatou.

Após o crime, Camila foi ouvida na Delegacia de Cururupu e recebeu atendimento médico na cidade de Pinheiro, incluindo o uso de antivirais para prevenir infecções sexualmente transmissíveis. A família da artista, que vive de forma itinerante, está recebendo acompanhamento psicológico online.

Repercussão e buscas por justiça

O caso gerou grande comoção em Central do Maranhão e repercutiu nacionalmente. A violência e a brutalidade do crime chamaram atenção para a vulnerabilidade de famílias itinerantes que trabalham em circos e outras atividades artísticas em áreas remotas.

Enquanto as investigações continuam, a Polícia Civil reforça seu compromisso em localizar todos os envolvidos e garantir que eles respondam pelos crimes cometidos.

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