A expectativa de preços altos para as carnes no Brasil em 2025, preocupa consumidores e reflete uma tendência que já marcou 2024. Segundo Alexandre Maluf, economista da XP Investimentos, o ano corrente registra um aumento de 12,5% no preço das carnes, enquanto para 2025 o reajuste deve ser ainda mais significativo, alcançando 16,1%. A elevação se deve a uma combinação de fatores estruturais e conjunturais que pressionam o setor.
Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, explica que a recente seca histórica e a redução dos rebanhos, consequência dos baixos preços do boi gordo nos últimos dois anos, colaboraram para o cenário de alta. A situação é agravada pela desvalorização do real, que incentiva as exportações e restringe a oferta interna de carne, impulsionando os preços no mercado doméstico.
Além das carnes, outros alimentos têm refletido a pressão inflacionária. A inflação no segmento de alimentação em domicílio deve atingir 1,08% em novembro e 1,06% em dezembro, conforme apontam projeções econômicas. Para 2024, a MBA Agro estima uma inflação de 7,6% na alimentação domiciliar, indicando que a alta no custo dos alimentos deverá persistir no curto prazo.
Esse cenário complexo sugere que a cesta básica e os produtos de primeira necessidade continuarão a representar um desafio ao orçamento familiar, reforçando a necessidade de estratégias de adaptação e economia por parte dos brasileiros.