A dúvida sobre a reeleição de Lula em 2026, movimenta os bastidores do PT e acender alerta na esquerda

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Com a popularidade em queda e os números das pesquisas acendendo um sinal amarelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a ser alvo de especulações sobre sua candidatura à reeleição em 2026. Segundo apuração da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a possibilidade de Lula optar por encerrar sua carreira política ao final do atual mandato, já virou discussões no Partido dos Trabalhadores (PT). Os motivos incluem uma avaliação fria dos índices de popularidade e uma reflexão pessoal de Lula, que, aos 81 anos em 2026, pode não ver vantagem em arriscar um desfecho amargo para sua trajetória política caso enfrente um cenário eleitoral desfavorável.

As pesquisas recentes do Datafolha reforçam o alerta, pois apenas 35% da população considera o governo Lula “ótimo” ou “bom”, um patamar muito baixo em comparação ao seu histórico, quando o ex-presidente se manteve em alta entre as camadas populares no passado. Integrantes do núcleo petista confirmaram que, para garantir uma reeleição segura, Lula precisaria alcançar um aumento substancial nesses índices de aprovação. Do contrário, a sua candidatura poderia se mostrar arriscada, especialmente diante de um cenário político polarizado e com uma oposição ganhando força.

Uma dúvida em relação à candidatura de Lula trouxe à tona uma questão que ecoa profundamente no PT e entre seus aliados, a chamada “lulodependência”. O presidente é visto como a única figura capaz de unificar o eleitorado de esquerda em um movimento de alcance nacional, uma característica que, segundo Bergamo, criou uma lacuna dentro do partido que ainda não possui outro líder de projeção semelhante. Sem um nome de peso para competir pela Presidência em 2026, a cúpula petista se vê diante do temor de perder espaço para a direita tanto no Executivo quanto no Legislativo.

O risco de colapso na esquerda

Além da incerteza em torno do Executivo, lideranças de esquerda avaliam que a ausência de Lula poderia provocar uma retração nas bancadas progressistas em um futuro próximo. Com um Congresso já fragmentado, as forças progressistas iriam ter um enfraquecimento ainda maior nas eleições para a Câmara e o Senado, o que poderia facilitar ainda mais a retomada do poder da direita em um ciclo que poderia se estender por vários anos.

Para o PT, a preocupação é clara, sem um candidato de projeção nacional com o carisma de Lula, a esquerda exposta estaria a um colapso sem precedentes, com riscos reais de perda de influência política tanto no Legislativo quanto no Executivo. A situação agrava a complexidade para o partido, que, sem outra liderança consolidada, ficaria em desvantagem para enfrentar candidatos de direita que hoje crescem em popularidade e se apresentam com novas pautas que receberam em diferentes setores da sociedade brasileira.

A encruzilhada de Lula e os próximos passos do PT

Para alguns aliados, a idade do presidente é um fator específico. Lula completará 81 anos em 2026 e, apesar de demonstrar disposição em diversos compromissos, seu ritmo e foco precisariam ser ponderados para mais uma campanha eleitoral intensa. Uma derrota, argumentam alguns apoiadores, poderia comprometer seu legado e transformar uma trajetória histórica em uma nota amarga.

Diante deste cenário, o PT enfrenta um dilema estratégico, buscar novos nomes que possam manter viva a mobilização da esquerda, caso Lula decida não disputar, ou insistir na reeleição mesmo com os riscos apontados. A resposta, no entanto, parece depender do próprio presidente e principalmente da evolução do seu governo nos próximos anos. Para que uma reeleição de Lula seja viável, será necessário não apenas melhorar os índices de aprovação, mas também fortalecer a confiança da base aliada e do eleitorado no projeto petista.

Até lá, a questão que se impõe à esquerda é clara: como será o futuro do partido sem Lula como candidato?

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