O município de Santos que fica localizado no litoral paulista, viveu uma noite de muita tensão, confusões e muito vandalismo depois que o time de futebol da cidade sofreu um rebaixamento inédito para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. O plantel paulista caiu depois que perdeu para o Fortaleza na noite desta última quarta-feira (07), e o pior, o clube só dependia dele mesmo para permanecer na elite do futebol brasileiro. Mas, o conjunto de atletas foi incapaz de vencer, pontuar e deixar o clube na primeira divisão do Brasileirão.
Desde o apito final do árbitro Leandro Vuaden, o que se viu foi um cenário quase de guerra, dos protestos da torcida nas arquibancadas às cenas de vandalismo em vários pontos da cidade do litoral paulista. Logo depois do gol de Lucero, foram vistas bombas sendo atiradas na Vila Belmiro. Houve ainda tentativa de invasão ao campo, os jogadores do clube cearense saíram correndo para os vestiários, Vuaden encerrou o jogo, também deixando o gramado com seus auxiliares de arbitragem. Em campo, ficaram só os jogadores do Santos, desolados, alguns chorando, alguns atônitos, sem entender a dimensão do rebaixamento. O goleiro João Paulo era um dos mais abalados, desabado no chão e sem conter as lágrimas.
A madrugada na cidade de Santos teve cenários de guerra: pelo menos três ônibus foram incendiados, e alguns carros tiveram o mesmo fim. Um deles, inclusive, pertencia ao atacante Stiven Mendoza e foi encontrado só com as ferragens intactas, praticamente ao lado da Vila Belmiro. Torcedores queimaram os veículos que estavam mais próximos dos portões de saída. Apesar de o carro ser de um jogador do elenco, não foi uma ação proposital de protesto ao atacante – reserva na partida que sacramentou a queda do Peixe. Um dos ônibus foi incendiado no Canal 1, região próxima à Vila. Bombeiros foram acionados e tiveram de controlar o fogo, que podia ser visto de perto do estádio.
Carro de Stiven Mendoza
Por Jornalista João Vitor Santos