UM ÍNDIO E UM MADEIREIRO MORREM EM EMBOSCADA EM TERRA INDÍGENA NO ESTADO DO MARANHÃO

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A emboscada aconteceu ontem, dia 01 de Novembro, na terra indígena Araribóa, que fica localizada na região de Bom Jesus das Selvas, entre as aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo 
                               PF investiga morte de líder Guajajara no interior do Maranhão          

A emboscada aconteceu ontem no dia 01 de Novembro do ano de 2019, na sexta – feira, na terra indígena Araribóia, na região de Bom Jesus das Selvas, entre as aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo, no Estado do Maranhão, que fica localizado na região Nordeste do Brasil. A emboscada infelizmente resultou na morte do índio, Paulo Paulinho Guajajara, que também é conhecido como o “Lobo Mal“, e também resultou na morte do madeireiro que faleceu trocando tiros de armas de fogo no confronto. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse por meio de uma rede social que a “Polícia Federal irá apurar o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara na terra indígena de Arariboia, no Maranhão”. Moro também falou em “crime grave à Justiça”.
        Paulo Paulinho Guajajara o ” Lobo Mal ” que morreu no local

Além da morte do indígena Paulo Paulino Guajajara e do madeireiro, o líder indígena Laércio Souza Silva, está gravemente ferido. O Laércio Guajajara já foi hospitalizado de acordo com as informações da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular.
O Secretário de Estado de direitos humanos e participação popular, Chico Gonçalves, disse que já está na Cidade de Imperatriz com o Secretário de Estado e de segurança pública, Jefferson Portela, e uma comitiva para tratar deste delicado assunto.
“Nesse momento estamos reunidos com as tropas locais para avaliar o quadro. Nossa missão aqui é investigar o assassinato do guardião Paulo Guajajara, o ferimento do guardião Laércio Guajajara e a morte de um madeireiro. Desde ontem uma tropa da Polícia Militar junto com lideranças indígenas, se deslocaram ao local do conflito. Estamos aguardando o contato deles e vamos ampliar o apoio na região. Ao mesmo tempo o Laércio, que foi ferido, já teve o atendimento médico necessário para se recuperar. A orientação aqui do governo é apurar a responsabilidade e estabelecer medidas de proteção as lideranças indígenas, sobretudo aos guardiões, que neste momento protegem a floresta, porque há duas questões em jogo aqui: a proteção da vida das lideranças indígenas nos seus territórios e a proteção das florestas no território amazônico”, palavras de Chico Gonçalves, Secretário de Estado de direitos humanos e participação popular.
A situação na Terra Indígena Araribóia, já havia sido denunciada pelo grupo indígena que acusava os madeireiros de ameaça. Segundo os indígenas, as ameaças aumentaram após a apreensão de veículos utilizados na extração ilegal de madeira nas terras indígenas.
A Terra Indígena Araribóia, é composta por etnias indígenas Ka’apor, Guajajaras e Awá-Guajás. As três tribos fazem parte de um grupo chamado “Guardiões da Floresta”, que é formado com o intuito de proteger a natureza. Eles evitam invasões de madeireiros, incêndio e durante uma ronda na terra indígena, eles encontraram acampamentos de madeireiros e veículos usados para transportar a madeira.
Por meio de uma rede social, o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que a “competência para apurar crimes contra direitos indígenas, em face de suas terras, é federal”. Disse ainda que; “desde ontem a Polícia do Maranhão está colaborando com investigações sobre crimes na TI Arariboia”.
                                Governador do Estado do Maranhão Flávio Dino (PCdoB)
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